Como a tecnologia pode auxiliar a educação?

Nós sabemos que a tecnologia está presente em praticamente todos os aspectos das nossas vidas. Seja para esquentar a comida no micro-ondas ou mandar uma mensagem para aquele amigo que você não vê há anos, a tecnologia é o caminho e a solução.

Nos últimos anos, com a pandemia, ficou mais evidente o papel que a tecnologia ocupa na sociedade. A relação ficou ainda mais estreita: impossibilitados de sair de casa, nós nos vemos sem outra opção senão recorrer a meios eletrônicos para executar tarefas diárias, como fazer compras, trabalhar, conversar com amigos e famílias. O que muitos já faziam on-line passou a ser a realidade da maioria – não só isso, como tornou-se a única maneira de realizar essas tarefas.

A mudança trouxe um ponto importante de reflexão: quais são os pontos positivos e negativos de trazer toda nossa vida para o mundo on-line? E como a gente pode usar o lado positivo da tecnologia a nosso favor?

Por exemplo, como é possível aplicar a tecnologia para auxiliar a educação?

De aplicativos a games, diversos instrumentos podem ser introduzidos para facilitar o aprendizado. Fazer uso de recursos tecnológicos é uma oportunidade de enriquecer a maneira como o aluno se envolve com o que está sendo estudado – é um modo de tornar o processo mais divertido e interativo.

Mas o que é tecnologia? Com uma pesquisa rápida no Google, dá para encontrar um significado: segundo a Wikipédia, “Tecnologia é o conjunto de técnicas, habilidades, métodos e processos usados na produção de bens ou serviços, ou na realização de objetivos, como em investigações científicas”. Então, basicamente, tecnologia pode significar um monte de coisas. A gente tende a relacioná-la a computadores e hardwares, mas o conceito é bem mais abrangente.

Tecnologia traz algum tipo de mudança. Ela causa um impacto na sociedade, em como as pessoas vivem e se relacionam. É por isso que estudar maneiras de introduzi-la em áreas tão essenciais quanto a educação pode ser bem interessante.

No entanto, a mesma questão se faz presente aqui também: existe um lado negativo em se utilizar de ferramentas tecnológicas no ambiente de salas de aula? Quais seriam os benefícios e será que eles se sobrepõem aos malefícios?

Por um lado, a tecnologia pode trazer as crianças e jovens para perto. Ela faz parte da realidade da maioria deles, então ajuda a conectá-los com o estudo de uma forma mais prazerosa e espontânea. O aprendizado passa a ser uma consequência natural e não uma obrigação.

As ferramentas tecnológicas estimulam a curiosidade, a colaboração e a comunicação entre os alunos. Encoraja-os a explorar novos recursos e funcionalidades, auxiliando uns aos outros durante o processo.

Além de tudo, há a possibilidade de personalização da experiência para cada indivíduo, levando em consideração suas dificuldades e particularidades. Por exemplo, se um aluno tem problemas com Matemática, o professor pode pensar alternativas que funcionem melhor; se for uma pessoa que gosta muito de games, será que, com um jogo, ela conseguiria entender e de fato assimilar a matéria? É, inclusive, um modo de otimizar o tempo do professor e do aluno, que aumenta a produtividade e eficiência das aulas.

Mesmo diante de tantas vantagens, não se pode ignorar o lado problemático da tecnologia. Uma das preocupações é a superexposição às telas, à internet e aos meios eletrônicos no geral, o que pode ter consequências negativas no desenvolvimento de uma criança. O efeito pode ser inverso ao pretendido: em vez de focar no estudo, elas podem distrair-se com outros propósitos. Além disso, se escolherem ficar submersas no mundo on-line, existe o risco de que elas sejam privadas de socialização, o que também atrapalha a sua formação.

Mas talvez a principal das questões seja a desigualdade social: muitos não têm acesso a recursos tecnológicos. Seria um desafio introduzir essa metodologia sem excluir uma parte da população. Por isso, é importante analisar quem poderia ser prejudicado e procurar formas de essa transição ser mais acessível e viável.

Tendo isso em mente, é hora de vermos alguns exemplos na prática de como a tecnologia pode contribuir para a educação:

Quadro interativo

Um quadro conectado a um computador com uma tela touchscreen: além da praticidade que proporciona, é uma ferramenta muito atraente para os alunos, que faz com que eles se interessem a participar e se envolver com a aula. Você pode salvar todo o conteúdo criado, o que não é possível num quadro normal. Isso permite a formação de um acervo das aulas, com o que professor e aluno desenvolveram, para consultas futuras.

Óculos de realidade virtual

Imagine poder visitar qualquer lugar do mundo, em qualquer período da história. Ver dinossauros, presenciar a construção das pirâmides, navegar até o fundo do oceano… as possibilidades são infinitas! Os óculos de realidade virtual proporcionam experiências que simplesmente não seriam acessíveis ou fisicamente possíveis de outra forma. Eles provocam emoções e tornam o conteúdo mais palpável e real; o que antes poderia parecer abstrato ganha vida, e os alunos sentem que realmente conseguem vivenciar o que estão aprendendo.

Celular

Os celulares, apesar de serem vistos como problema na sala de aula, podem também ser úteis. Já que os alunos costumam voltar tanto a atenção a esses aparelhos, a ideia de usá-los para educar parece uma solução. Por isso, em vez de bani-los, alguns professores e escolas preferem introduzir aplicativos educacionais para que alunos interajam de maneira personalizada e se envolvam mais ainda com as aulas.

Jogos

Quem não gosta de aprender com diversão? A maioria dos jovens tem acesso a computadores e celulares, o que os expõe a jogos eletrônicos desde cedo. Trazer isso para a realidade escolar como instrumento de aprendizado não é só uma forma de enriquecer o processo, como também de deixar ainda mais atrativo para seu destinatário.

E os jogos podem ser implementados em diversas áreas: o aluno pode resolver problemas matemáticos, embarcar numa jornada histórica, trabalhar o raciocínio lógico e a coordenação motora… tudo em um formato divertido e didático.

Impressora 3D

As impressoras 3D ganham cada vez mais força e utilidade no mundo. Elas podem ser usadas para diversos fins, inclusive para imprimir órgãos humanos! É isso mesmo que você leu: existem pesquisas científicas estudando a possibilidade de usar as impressoras 3D para criar órgãos artificiais. 

Dá para perceber, então, o quão incrível essa ferramenta é! E no ambiente educacional isso não seria diferente. Os alunos podem aprender interagindo com todo tipo de objeto desenvolvido pela impressora; é uma atividade visual e sensorial.

Nuvem

Hoje em dia, a nuvem é uma das melhores maneiras de guardar suas fotos, documentos e os mais diferentes tipos de arquivos on-line. Ela permite acessar o que está sendo compartilhado em qualquer aparelho, desde que haja acesso à internet.

Assim, o professor pode criar uma pasta com conteúdos referentes às aulas, e os alunos conseguem acessar a qualquer momento. Os próprios alunos podem colocar novos materiais e postar seus trabalhos.

Podcasts, vídeos e e-readers

Podcasts e vídeos são uma forma interessante de assimilar as matérias. As videoaulas são cada vez mais comuns na vida dos alunos e parecem ser eficientes; os podcasts, da mesma forma, podem servir como canais para debater o conteúdo da aula. O professor pode, inclusive, incentivar os alunos a gravar podcasts e/ou vídeos como parte de um trabalho, o que os ajudaria a desenvolver capacidades de escrita e de audição.

E-readers também são alternativas bem legais, já que acabam com a necessidade de carregar livros pesados, além de concentrar tudo num só lugar: o aluno tem em um único e-reader os livros de todas as matérias.

Esses são só alguns exemplos de como a tecnologia pode ser utilizada no campo da educação. São maneiras de incentivar o jovem a desenvolver o amor pelo aprendizado.

Prestando atenção nos problemas que podem aparecer no caminho, a gente acredita que essa interação entre tecnologia e educação pode gerar muita coisa legal. Mas e aí? O que você acha? Vale a pena investir nesses métodos de ensino?!

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